Orix – O Super Esportivo Brasileiro da VW

Esse carro é novidade para você? Pra mim também! Foi por meio da publicação do amigo Rogério Ferraresi que buscava informações sobre o Orix que acabei sabendo da sua existência.

Não encontrei nada publicado sobre o carro em nenhum site, mas é difícil que um assunto desse tivesse passado em branco dos jornais e foi lá que encontrei do que se tratava. Mesmo assim, não satisfeito, fui em busca de um dos envolvidos naquele projeto e encontrei o Flavio Forcellini, que gentilmente contou mais detalhes dessa raridade da indústria nacional brasileira.

Essa pesquisa ainda será expandida, mas vejamos o que temos por enquanto:

Jornal do Brasil 26.10.91

Bom, o Orix foi um carro conceito apresentado durante a VII Brasil Transpo 91 que ocorreu ente os dias 19 e 27 de outubro de 1991 e contou com 200 expositores. Ele foi o primeiro projeto do curso de Modelagem Industrial e Estilo Automotivo da Autolatina com o apoio do Senai.  As aulas aconteciam no Conjunto Industrial Anchieta, em São Bernardo do Campo.

O nome Orix veio do antílope da região da península Arábica, inspirando força, beleza e agilidade ao modelo. 

Era um carro conceito feito em escala natural todo em isopor, coberto de massa corrida e acabamento final de resina plástica e pintura. Suas linhas arredondadas seguiam a tendência mundial. Ele foi projetado para dois lugares, com motor central e sistema de injeção eletrônica de combustível. A execução desse projeto levou cerca de 6 meses para ser concluído.

Correio de Notícias 10.11.91

Flavio Forcellini que na época tinha 17 anos, disse que até a direção da empresa elogiou o projeto. E como era de se esperar, também chamou a atenção dos visitantes da feira que perguntavam o preço e quando seria lançado. Foram poucos que perceberam que o Orix era um protótipo.

A intenção era continuar a construção do interior do Orix com outra turma de alunos.

Jornal Motor 13.11.91 

E aqui temos mais um jornal, trazendo a mesma reportagem que vimos anteriormente.

O projeto do Orix foi brasileiro e talvez por isso não se encontre facilmente informações sobre ele. É uma pena que esse tipo de trabalho fique esquecido, ou deixado de lado.